quarta-feira, 7 de julho de 2010

HIERAQUIA

DIFERENÇA ENTRE AS ESCOLAS DO BRASIL E ÁFRICA DO SUL


Na questão educacional, a África do Sul, no entanto, mostra-se mais evoluída que o Brasil nas séries iniciais, mas tem problemas nas áreas técnicas e nas diferenças de classes sociais, segundo a análise de Netshitenzhe: "Por exemplo, nós temos um problema no nosso sistema educacional, que não é bom o bastante para as pessoas pobres. Então, elas se tornam incapazes de adquirir habilidades técnicas", diz. Entre as áreas com maior déficit de mão-de-obra na África do Sul está a de engenharia, que tem incentivo do governo.

A concentração das políticas educacionais, segundo ele, está justamente no foco de enadicação da pobreza e na qualidade da educação. "Nós acreditamos que as coisas mais importantes que devemos fazer é nos concentrarmos no gasto e no aprimoramento da qualidade da educação em locais pobres. Dessa fOl1TIa, nós quebramos o ciclo de reprodução da po breza", atlrma N etshitenzhe.

Assim como no Brasil os mais ricos têm maior escolaridade do que os mais pobres e os brancos têm melhor qualidade de vida do que os negros, na África do Sul os problemas se assemelham. "Com relação à desigualdade, não somos muito diferentes do Brasil. Mesmo quando temos altas taxas de crescimento, reduzimos a pobreza, mas isso não diminui necessariamente a desigualdade, porque as pessoas ricas tornam-se mais ricas com maior velocidade do que as pessoas pobres conseguem melhorar sua situação", explica o funcionário sul-africano.

Se estivéssemos uma "copa do mundo" de projetos sociais, a África do Sul marcaria um golaço em seus parceiros. Os idosos têm chance de participar do programa Old Age Grant (em português, "Benefício para Pessoas Idosas"). O programa, segundo o Centro Internacional de Pobreza, tem o diferencial por não ser contributivo. Os idosos recebem suas aposentadorias mesmo sem ter contribuído. No Brasil, a contraparte semelhante é o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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